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Compressor: Descubra a forma correta de usar na Mixagem

Você sabe qual a forma correta de usar o Compressor na Mixagem? Leia nosso artigo e descubra a melhor maneira de comprimir o áudio.

Pode-se imaginar que usar o Compressor na Mixagem é uma tarefa simples e sem muitos segredos, mas não é bem assim. A compressão é uma etapa importante da Mixagem e é necessário compreendê-la para ter bons resultados.

Nesse post, falaremos sobre a forma correta de usar o Compressor na Mixagem. Assim, você vai evitar erros que atrasam o processo e geram muito stress e frustração. Afinal, comprimir é fácil, mas realizar uma boa compressão exige técnica e conhecimento.

Para entender bem o papel do Compressor na Mixagem, você precisa antes entender como funciona a Mixagem. Para isso, criamos um guia completo para você dominar definitivamente a arte de mixar áudio. Você pode ler agora mesmo clicando aqui.

É importante destacar que o princípio da compressão é o mesmo, tanto para a Mixagem analógica quanto para a digital. A única diferença, talvez, é a prática comum de se realizar a compressão do áudio antes da gravação.

No entanto, antes ou depois da DAW, o Compressor desempenha o mesmo papel, o de alterar a dinâmica, equilibrando as partes mais fracas com as mais fortes da gravação. Existe uma variedade de compressores diferentes que iremos conhecer ao longo do post.

Mas, antes disso, vamos entender um pouco sobre como essa ferramenta funciona e para que ela serve no processo de Mixagem de áudio.

Conhecendo o Compressor – Parâmetros e controles da compressão

Compressor de áudio

Como falamos anteriormente, o Compressor tem a função de alterar a dinâmica do áudio. Isso serve para suavizar a track, reduzindo picos e trazendo equilíbrio. Dessa forma, conseguimos uma sonoridade mais natural e mais confortável de se ouvir.

O Envelope, como chamamos a curva de compressão, é formado por parâmetros que atuam diretamente no sinal de áudio, causando o efeito de atenuação dos picos e equilíbrio da dinâmica de acordo com o objetivo do produtor.

A seguir falaremos sobre cada um desses parâmetros. No entanto, alguns compressores não apresentam todos eles, ou apresentam de forma diferente unido a algum outro controle específico.

Threshold – Iniciando a compressão a partir de um ponto

O threshold é o parâmetro que define o momento em que o Compressor começa a atuar no áudio. É através desse controle que o produtor determina a ativação do compressor.

Por exemplo, se definirmos o threshold do Compressor para -20dB, ele só começa a funcionar nos trechos da wave que ultrapassa esse volume. Dessa forma, tudo o que está abaixo de -20dB continua seguindo a dinâmica normal da música.

Attack – Tempo de reação do Compressor

Podemos dizer que esse parâmetro é o reflexo do compressor. Aqui podemos definir quanto tempo (em milissegundos) o compressor leva para começar a comprimir o áudio, a partir do momento em que o áudio chega à linha de compressão.

Para ficar mais claro, se definirmos o attack do compressor para 20ms, a compressão será iniciada 20 milissegundos depois que o sinal ultrapassar os -20dB definidos no threshold anteriormente.

Release – Tempo em que compressão deixa de agir

O release funciona de forma inversa do attack, no final da compressão. É o tempo que o Compressor leva para parar de comprimir o sinal, após o sinal voltar a ficar abaixo da linha de compressão.

Ou seja, quando definimos o release para 20ms, o compressor para de atuar 20 milissegundos após o sinal voltar a ficar abaixo dos -20dB, retomando a dinâmica normal do áudio gravado.

Ratio – Proporção de redução de volume

O ratio, também chamado de “razão”, é a proporção em que o volume do sinal será comprimido. Podemos afirmar que esse parâmetro é, também, o nível da compressão, pois essa proporção determina como ouviremos o som comprimido.

Um ratio for definido para 4:1 (quatro por um), significa que, para cada 4dB que ultrapassar a linha do threshold, apenas um será ouvido. Seguindo o exemplo, se colocarmos nosso compressor com ratio de 4:1 e o som chegar a 28dB, o compressor libera 22dB no total.

Knee – O joelho do compressor

O knee é o controle que determina a suavidade da curva de compressão, ou seja, determina se teremos uma curva ou uma dobra. Com esse parâmetro, definimos de que forma a compressão será percebida no som.

Na prática, a suavidade da compressão é definida aqui. Se utilizarmos o compressor com “hard knee”, teremos uma compressão mais abrupta, mais forte. Dessa forma, perceberemos com mais clareza o momento em que o compressor começa a atuar.

Com o “soft knee”, temos o efeito inverso. A compressão se inicia de maneira mais suave e progressiva. Assim, perceberemos o momento de entrada da compressão no sinal. Isso faz com que a compressão soe mais natural.

Input e Output Gain – O nível do sinal de entrada e saída

O ganho é o nível do sinal que passa pelo Compressor. Existem funções para controlar esse nível de sinal, são: o Input Gain e o Output Gain.

O output gain atua na saída do compressor e também é chamado, em alguns compressores, de Makeup. Com esse parâmetro, compensamos a atenuação do sinal causada pela compressão. Assim, elevamos o volume do sinal na saída, para o som não se perder entre os outros instrumentos.

O input gain, por sua vez, atua na entrada do compressor, definindo o nível de sinal que passará por ele. Na prática, esse parâmetro funciona de forma semelhante ao threshold, pois determina a quantidade de decibéis que será comprimida.

Tipos de Compressores – Mesma função, várias opções

Compressores

Depois de entender como cada parâmetro do compressor funciona, é hora de entender sobre os diferentes tipos de compressores. Embora todos os compressores existentes tenham sido projetados com a mesma função, existem diferenças entre eles.

Essas diferenças estão tanto na quantidade de parâmetros apresentados, quanto na forma como cada um atua no som, que pode soar melhor ou pior para cada produtor. Compressores valvulados, transistorizados e outros tipos soam de maneira diferente.

Por isso, há preferência dos produtores por um ou outro. Então, vamos falar rapidamente sobre os tipos de compressores para que você decida qual o melhor para você.

Valvulados (Tube Comp)

Compressor valvulado

Os compressores valvulados foram os primeiros a serem utilizados. Esse compressores não possuem controle de ratio, o que pode parecer um problema. No entanto, o ratio varia à medida que o sinal ultrapassa o threshold.

Os compressor valvulado mais conhecido no mundo é o Fairchild, que inclusive chegou a ser usado em trabalhos da banda The Beatles. No entanto, hoje em dia é bem raro encontrar um desses. Pode-se dizer que se tornaram itens de coleção.

A principal característica desses compressores é o efeito de colorir e esquentar o som, efeito típico de equipamentos valvulados dos mais variados tipos.

Atualmente, com a evolução tecnológica da era digital, muitos desenvolvedores de Plugins VST criam compressores baseados nesse e em outros compressores valvulados.

FET (Field Effect Transistor) ou transistorizados

1176 classic

Os compressores FET são bem mais agressivos que os valvulados. Por isso, são excelentes para o controle de picos do sinal e para a adição de harmônicos, que dão aquele brilho no som. São compressores com attack e release mais rápidos.

Os FET são excelentes compressores para dar aquele punch no som, muito comum em baterias de Pop das décadas de 80 e 90 e do Rock Progressivo.

O compressor FET mais conhecido é o 1176, da Universal Audio. Diferentemente do Fairchild, não é tão difícil encontrar um desses para o seu studio, pois eles ainda são produzidos atualmente e já passou por diversas revisões e melhorias.

Para quem trabalha em Home Studio ou não tem dinheiro para comprar um equipamento analógico desses, existem vários Plugins VST inspirados nesse tipo de Compressor. A própria Universal Audio criou seu Plugin para emular o 1176, o UA1176 Classic.

Óptico (Opto Comp)

Compressor LA2A

Como o próprio nome já diz, o compressor óptico trabalha por meio do movimento da luz, sincronizado com o sinal de áudio. Quam nunca viu aqueles aparelhos de som antigos que tinham um jogo de luz no painel frontal, subindo de acordo com o som, ou os medidores VU luminosos das mesas de som e dos equipamentos de áudio?

Os opto comps trabalham da mesma forma. O sinal de entrada do áudio acende um sistema de leds que são captados por células fotovoltaicas e a compressão é ativada quando o sinal ultrapassa o limite de decibéis estabelecido.

Esse tipo de compressor oferece poucos controles de parâmetros, sendo os principais o peak redution (redução de pico) e os controles de ganho. Esse é considerado o mais musical entre os compressores, pois é bastante suave aos ouvidos, uma excelente ferramenta para a compressão de voz e instrumentos acústicos.

O mais conhecido no mercado é o Teletronix LA2A, também da Universal Audio. Esse compressor ainda pode ser encontrado com facilidade no mercado. Além disso, também há várias emulações do LA2A em Plugins VST. Um bom exemplo é o CLA-2A, produzido pela Waves.

VCA (Voltage Controlled Amplifier)

SSL Comp

Aqui temos mais um tipo de compressor composto por transistores. No entanto esse compressor trabalha de maneira diferente dos FET. Com mais opções de controle de parâmetros, esses compressores proporcionam mais transparência ao som.

Esse compressores não geram harmônicos. Por essa razão, são mais usados pelos produtores que gostam da sonoridade pais pura, comprimindo apenas a dinamica do áudio.

Os compressores VCA mais populares são os da Solid State Logic, os famosos SSL Comp. Esses equipamentos estão presentes na maioria dos studios do mundo, seja em seus racks ou nos computadores em forma de Plugin. Inclusive, a própria Solid State oferece a versão virtual desse compressor.

Compressores híbridos

Compressor Avalon 737

Os quatro tipos de compressores citados acima são os principais existentes. Cada um trabalha de maneira diferente par o mesmo objetivo. Mas, existem também os compressores híbridos.

Esses compressores combinam dois ou mais tipos de sistemas, como válvulas e células fotovoltaicas. Um exemplo desse tipo de compressor é o Avalon VT-737SP, que usa válvulas na entrada do sinal e compressão óptica na saída.

Além disso, existem os compressores que cumulam a função de limiter, atuando diretamente nos picos de sinal, evitando aqueles estouros que incomodam bastante.

Compressores Analógicos VS Compressores Digitais (VST)

Compressor analógico e digital

Agora que você já conhece os tipos de compressor, vamos falar da existência dos compressores digitais, os Plugins VST. Não é exagero afirmar que todos os Plugins VST foram inspirados equipamentos analógicos.

No entanto, também não é possível negar que muita coisa foi desenvolvida depois. Uma grande melhoria, que veio com a existência dos Plugins foi, a combinação de diferentes tipos de compressores em um mesmo plugin.

Outra grande vantagem é a variedade de plugins diferentes com a mesma função. Enquanto os compressores analógicos se resumem a a quatro ou cinco tipos, os Plugins oferecem uma infinidade de opções. Basta pesquisar um pouco que você encontra o tipó de compressor que quiser.

Duas empresas pioneiras e que oferecem ótimos pacotes de Plugins são a Waves e a IK Multimedia. Essas empresas, inclusive, oferecem todos os tipos de compressores que falamos em formato digital.

Além disso, também é possível encontrar plugins gratuitos que simulam todos os tipos de compressores. Isso é algo excelente para quem está iniciando um Home Studio e não tem muitos recursos para investir.

Se você está se perguntando qual dos dois tipos de compressores é melhor, saiba que os Plugins digitais de compressão não perdem em qualidade para os equipamentos analógicos. A diferença é que eles funcionam no computador, de forma cem por cento digital. Mas, é praticamente impossível, hoje em dia, diferenciar enquanto se ouve a música.

Mas qual a forma correta de usar o Compressor na Mixagem?

Compressão na mixagem

É bem mais fácil de dizer a forma incorreta de se usar o Compressor na Mixagem e, certamente, essa forma é o exagero. Exagerar na compressão vai deixar seu áudio sem dinâmica e nada agradável.

Além do mais, uma compressão exagerada tira o brilho e a musicalidade da produção. A forma correta de usar o Compressor, nesse caso, é ouvindo com sensibilidade e atenção, pois existem muitas técnicas de compressão e não há limites tapa experimentar.

No início desse post, falamos que a Mixagem é uma arte e, como qualquer arte, a experimentação é válida em todos os aspectos.

A primeira coisa a se pensar para usar corretamente o Compressor é qual som você deseja produzir. Existem compressões diferentes para cada estilo musical. Músicas mais agressivas e pesadas exigem uma compressão equivalente.

No entanto, músicas mais leves e suaves não vão combinar com uma compressão mais forte. Por isso, é necessário sentir a sonoridade.

Uma boa dica de compressão é usar mais de um compressor na mesma track, com tipos de compressões diferentes. Dessa forma, você não precisa colocar nenhum dos dois compressores no máximo e vai ter uma dinâmica em controlada.

Experimente os diferentes tipos de Compressor e escolha o que funciona melhor para cada track, de acordo com a sonoridade de cada instrumento. Dessa forma você estará comprimindo da maneira certa e terá excelentes resultados na sua produção.

Busque usar o Compressor após os Equalizadores. Dessa forma, você vai comprimir o sinal já equalizado e saberá exatamente em que região reduzir ou aumentar a compressão.

Resumindo, experimente, ouça e repita. Com o tempo, você irá desenvolver sua própria técnica para utilizar o Compressor na Mixagem.

Conclusão

A compressão é uma etapa muito importante do processo de Mixagem. Saber usar o Compressor é indispensável para se obter uma boa sonoridade. Certamente, o tempo e a experiência ajudam a desenvolver técnicas eficientes de uso do Compressor.

No entanto, hoje em dia, é bastante difícil dispor de tempo para se desenvolver, sobretudo se você tem alguma outra atividade além da Produção Musical. Por isso, muitos desistem de seguir carreira como produtores de áudio.

Para evitar esse problema, uma boa alternativa é aprender com quem já tem experiência trabalhando com produção musical. O Portal da Produção oferece diversos cursos que foram desenvolvidos por alguém que entende muito do assunto.

O professor Márcio Mourão, que tem mais de dez anos de experiência em Produção Musical, desenvolveu cada curso do portal. São 19 cursos completos, nos quais você poderá aprender sobre todos os processos, desde a Produção inicial até a Masterização final do áudio.

Como assinante do Portal da Produção, você terá acesso a todo o conhecimento que o professor Márcio Mourão acumulou ao longo da sua trajetória. Além disso, você já pode ter acesso a conteúdos gratuitos agora mesmo, para já sentir um pouco da experiência que terá no Portal da Produção. Você não vai perder essa oportunidade, não é?

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